O GLAUCOMA é uma doença degenerativa que afeta o nervo óptico e é capaz de causar cegueira se não for tratada a tempo. É a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Na maioria das vezes, evolui de forma lenta e silenciosa e quando o paciente começa a perceber os sintomas já perdeu parte da visão. Por isso, a importância da consulta oftalmológica de rotina para obter um diagnóstico precoce. Embora a doença tenha como principal fator de risco o aumento da pressão intraocular, também ocorre o mesmo com níveis normais de pressão.

 

O GLAUCOMA também ocorre na infância e é um dos principais motivos de cegueira nessa idade, ocorrendo em 20% dos casos. O diagnóstico do GLAUCOMA infantil deve ser suspeitado pelo pediatra ainda na maternidade, logo após o bebê nascer, por meio do simples Teste do Olhinho. Diferentemente do adulto, o recém-nascido com GLAUCOMA apresenta muitos sintomas, como lacrimejamento, aversão à luz, aumento do tamanho do globo ocular, além da perda do brilho natural dos olhos.

GRUPO DE RISCO:

. Pessoas com mais de 40 anos;
. Pessoas com alto grau de miopia (no glaucoma de ângulo aberto);
. Pessoas com alto grau de hipermetropia (no glaucoma de ângulo fechado);
. Pessoas com alto grau de miopia;
. Pessoas com diabetes, hipertensão arterial e/ou doenças cardíacas;
. Pessoas com histórico de glaucoma na família;
. Pessoas que sofreram lesões ou cirurgia nos olhos;
. Pessoas que fazem uso prolongado de medicamentos com corticoide.

Tratamento com Colírios e outros
Medicamentos para o Glaucoma

Segundo o consenso da Sociedade Brasileira de Glaucoma, o tratamento inicial para o GLAUCOMA deve ser, sempre que possível, com o uso de medicamentos. Este tratamento tem como objetivo principal estabilizar a doença, evitando a progressão dos danos por meio da redução da pressão intraocular.

O tratamento de redução da pressão intraocular visa estabelecer um nível “seguro” de pressão que evite progressão dos danos causados pelo GLAUCOMA e é chamada de pressão alvo. A determinação da pressão alvo realizada pelo médico deve ser individualizada para cada paciente e deve levar em conta fatores como: gravidade do glaucoma, idade do paciente, história familiar, raça e espessura da córnea.

Durante o tratamento do GLAUCOMA, é crucial aplicar/pingar ou tomar os medicamentos regularmente, conforme prescrito pelo oftalmologista, para prevenir futuros danos à visão. Como o GLAUCOMA geralmente não apresenta sintomas, algumas pessoas param ou esquecem de aplicar o colírio ou de tomar seus remédios e essa é hoje a principal causa de fracasso no tratamento.

Tratamentos a Laser para o Glaucoma

Quando o tratamento inicial para o GLAUCOMA com o uso de medicamentos não alcança os resultados desejados – ou têm efeitos colaterais intoleráveis – o oftalmologista pode indicar os tratamentos a laser. São eles:

TRABECULOPLASTIA é uma técnica não invasiva, frequentemente utilizada para tratar o glaucoma de ângulo aberto. Com o uso do laser, a TRABECULOPLASTIA pode ser realizada em ambulatório. Leva de 10 a 15 minutos, é indolor e comumente apresenta menos efeitos colaterais que os demais procedimentos cirúrgicos. Durante o procedimento, um feixe de laser é focado na malha trabecular do olho, abrindo o sistema de drenagem para que o humor aquoso passe mais facilmente, diminuindo assim a pressão dentro do olho. Existem dois tipos de cirurgia de TRABECULOPLASTIA:

1) ALTé o mais tradicional – realiza a TRABECULOPLASTIA com laser de argônio.
2) SLT: é a mais moderna e principal opção na atualidade – diferente do laser tradicional, realiza a TRABECULOPLASTIA seletiva a laser. É extremamente segura, aumenta a permeabilidade da malha trabecular e facilita o escoamento sem causar danos ao tecido. Em alguns casos, pode ser a primeira escolha de tratamento quando o paciente apresenta intolerância à medicação. Trata-se de um tratamento rápido, praticamente indolor, com poucos efeitos colaterais e eficaz para o controle da pressão intraocular. É possível, caso seja necessário, realizar novamente o SLT sem maiores riscos.

A técnica da IRIDOTOMIA PERIFÉRICA A LASER (LPI) é comumente utilizada no tratamento do glaucoma de ângulo fechado. Neste procedimento, o laser é usado para fazer uma abertura através da íris, permitindo que o humor aquoso flua diretamente para a câmara anterior do olho.

Tratamentos Cirúrgicos para o Glaucoma

Com o avanço da técnica cirúrgica do GLAUCOMA, a CIRURGIA DE  TRABECULECTOMIA ficou mais confiável e previsível. É comumente é utilizada quando a TRABECULOPLASTIA e o uso de medicamentos não trazem os resultados esperados. A cirurgia é usada tanto no tratamento do glaucoma de ângulo aberto, quanto no tratamento do glaucoma de ângulo fechado. Na CIRURGIA DE  TRABECULECTOMIA, o cirurgião cria uma passagem na esclera (a parte branca do olho) para drenar o humor aquoso, com a finalidade de diminuir a pressão intraocular.

A CIRURGIA DE IMPLANTE DO TUBO DE DRENAGEM consiste na introdução de um minúsculo tubo dentro do olho para servir de escoamento do humor aquoso.

CIRURGIAS MINIMAMENTE INVASIVAS DE GLAUCOMA ou MIGS são técnicas mais recentes que consistem em colocar um minúsculo dispositivo dentro do olho, no ângulo camerular, que ajudem a drenar o humor aquoso.

CIRURGIAS CICLODESTRUTIVAS são procedimentos usados para os casos nos quais os procedimentos anteriores não sejam mais eficazes. Como são procedimentos mais drásticos, com muitos efeitos colaterais, só são utilizados quando a doença está em estágio avançado.

Embora alguns pacientes possam descontinuar o uso dos medicamentos após os procedimentos cirúrgicos, muitos dos pacientes continuam a usar medicamentos para o tratamento de GLAUCOMA após a cirurgia. Neste caso, só o oftalmologista pode determinar a necessidade da utilização da medicação.
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